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ÓRFÃOS DE PAIS VIVOS. - Portal Luz da Serra

Não são poucos aqueles que em nome do sucesso têm mergulhado de corpo e alma no trabalho entregando aqueles que deviam ser o seu bem mais precioso – os filhos – a terceiros. Se há coisa que o covid19 tem revelado é que grande parte dos pais vive para o trabalho e que as mães trabalhadoras já não se imaginam a fazer o papel mais nobre de todos: criar os seus próprios filhos. E, acredite, isso é uma tragédia.
Quantos não têm dedicado a maior parte do tempo das suas vidas ao trabalho?
Convencidos de que tudo o que precisam é de ganhar dinheiro suficiente para que não falte nada aos filhos, os pais demitem-se de exercer o seu papel e entregam-nos às amas, às creches, à escola, à TV e às novas tecnologias. Matam-se a trabalhar para lhes dar tudo e, de repente, o casamento morre, a família desmorona e deixam-nos sem nada… Depois, quais avestruzes, enfiam a cabeça na areia e queixam-se: “Como é possível que haja tanta violência nas escolas?” “Porque é que cada vez mais crianças se metem nas drogas?” “Porque é que os adolescentes são tão ofensivos, malcriados e violentos?”
Talvez porque: Famílias desfeitas produzem crianças dilaceradas e revoltadas.

De quem é a culpa?

Quando se aponta o dedo à família para afirmar que crianças, adolescentes e jovens, como os descritos acima, são o resultado da má educação dos pais, eu sou obrigada a reconhecer que é verdade (apesar de muitos pais serem obrigados a trabalhar de sol a sol para pagar a renda e e garantir as necessidades básicas), mas, também tenho salientar o facto desses filhos passarem mais tempo na Escola do que em casa e de estarem desprotegidos e expostos à indisciplina, desordem, violência e irresponsabilidade.
Hoje, naquele que muitos pais ainda consideram o lugar mais seguro do mundo, onde deixam os seus filhos para “socializar” e aprender, no lugar onde passam a maior parte do seu tempo de vida – a Escola – eles estão a ser doutrinados e radicalizados.
Para piorar o quadro, extenuados após uma semana de trabalho, os pais não brincam com os seus filhos nos dias em que estão de folga e raramente têm tempo para estar presentes, a tempo e horas, nos momentos mais importantes das suas vidas. Conversam cada vez menos, passam muito tempo nas redes sociais ou a jogar, seguem modelos famosos, youtubers… Em contrapartida, os filhos têm esquecido os seus progenitores, deixando-os sozinhos nos lares à mercê da solidão, da dor e do abandono.

Vale a pena?

Amado leitor, de que nos adianta ganharmos muito dinheiro e perdermos a nossa família?
A vida é efémera, passa com uma rapidez absurda e sem que percebamos os anos vão-se e com eles momentos preciosos que poderiam ter sido dedicados àqueles que deveríamos amar acima de nós mesmos: marido/esposa e filhos.
Posto isto, gostaria de lhe dar alguns conselhos:
  • Que tal deixar o trabalho no local de trabalho?
  • O que acha de  separar mais tempo para a sua família?
  • Já marcou viagem para rever os seus pais e passar tempo com eles?
  • Há quanto tempo é que eles não vêm os netos, pessoalmente?
  • Que tal dar aquele passeio com a sua esposa e os seus filhos?
  • E aquele fim-de-semana a dois?
Afinal, de que adianta ganhar muito dinheiro e perder o que realmente importa?



Aproveite e veja este pequeno filme em família:


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