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Mensagens

A mostrar mensagens de abril, 2020

Filhos destes dias…

Lembra-se do filme “Olha quem fala”? E se os bebés, as crianças, adolescentes e jovens, exprimissem verbalmente o que lhes vai na alma? O bebé contaria: Não entendo… Ainda ontem estava com os meus papás em casa, eles davam-me miminhos, a mamã dava-me leitinho, ria-se para mim com aquele sorriso maravilhoso, adormecia-me nos seus braços… O papá chegava a casa e vinha logo ter comigo, pegava-me ao colo, brincava comigo… Hoje, cedinho, a mamã  pegou em mim, vestiu-me, colocou-me na cadeirinha, levou-me para o carro e deixou-me ficar aqui, na creche, com pessoas estranhas. Esperei por ela todo o dia, chorei de saudades, não gostei do biberão… Passaram 8 ou 9 horas até ela me vir buscar. Quando a vi fiquei tão feliz! Ups… Acho que adormeci na viagem. Os meus papás parecem muito cansados, mas brincam comigo, dão-me banhinho, papinha e… Esperem, esperem… Podemos brincar mais um bocadinho? Não… Estamos muito cansados e precisamos descansar…...

Pais expropriados da formação dos seus filhos

A perda de autoridade paternal é apenas o resultado da erosão da família, legal e socialmente falando, que tem vindo, paulatinamente, a destituir os pais da sua função básica: formar os seus filhos. O primeiro baluarte a abater foi a família numerosa, e isso foi quase que plenamente conseguido, depois veio a banalização do divórcio (em nome da libertação da mulher) e a erosão chegou ao conceito de família – pai + mãe = filhos. O ritmo alucinado em que vivemos deixa-nos sem tempo para o que é mais importante: Deus e a família. Infelizmente, e de acordo com uma amiga que dirige um Colégio, os pais deixariam os seus filhos lá das 8:00 às 20:00 e alguns até pagariam para os ir buscar ainda mais tarde. Depois, claro, quando envelhecerem, e antes de serem mandados para um lar, procuram eles mesmos um para não darem trabalho àqueles para os quais não tiveram tempo. É a lei da vida. Sem nos apercebermos, como indivíduos e como família, em nome de uma suposta realização pessoal e prof...

Mas pode um pai recusar que os menores sejam ensinados à distância?

O título desta nota e as palavras que seguem fazem parte do artigo que saiu ontem no  Observador : «Ninguém, nem nas associações de pais, nem nos sindicatos de professores, encontra motivos válidos para que um encarregado de educação possa alegar que não quer que o filho siga as indicações dos professores. O único argumento será a falta de equipamento informático. Os pais até podem dizer que o seu filho não faz determinada tarefa, mas o professor assinalará isso na avaliação do aluno. Se eu, pai, digo para ele não participar, é o mesmo que estar a recusar-me a levá-lo à escola. Não me parece justificado. E o decreto lei do Governo só diz que terminou o ensino presencial”, defende Jorge Ascensão, da Confap, confederação de associações de pais.» Só que NÃO. Li todo o artigo, concordo que os alunos devem “ir à escola” e não aprovo que alunos – que têm meios para assistir às aulas em casa – se baldem e que os pais façam o mesmo. Posto isto, e para que não haja dúvidas, mais uma...

Onde é que errámos?

Sou um pai desanimado. A minha mulher e eu esforçamo-nos ao máximo para ser bons pais, mas agora o nosso filho de 16 anos é teimoso, desrespeitador e desafiador. Ele está com problemas sérios com a lei e não fazemos ideia de onde foi que errámos. Resposta: Antes de se culpar por tudo o que aconteceu, insisto para que páre e pense no acontecido. Todos nós que trabalhamos com crianças temos observado que o comportamento rebelde de um adolescente; às vezes, não resulta dos erros ou das falhas dos pais, mas de más escolhas feitas por sua própria iniciativa. O seu filho pode ser um desses adolescentes. Duas coisas ficam claras a esse respeito: Os pais aceitaram rapidamente que o crédito ou a culpa pela maneira como os filhos se comportam. As mães e os pais que criam jovens brilhantes inclinam-se a encher o peito e a dizer: «Vejam o que conseguimos!». Os que têm filhos problemáticos perguntam-se: «Onde foi que eu errei?». É bem provável que nenhuma dessas afirmações seja correcta. Emb...

Aulas em casa. Os conselhos de uma “profissional” em homeschooling

Ana Rute Cavaco tem quatro filhos em “homeschooling”. Não tem nada a ver com o coronavírus, é mesmo uma escolha. Não é o mesmo que ensino à distância, mas há lições importantes a partilhar. Já está com os cabelos em pé a tentar trabalhar, tratar de uma casa e ainda orientar os estudos dos seus filhos? A má notícia é que só passaram dois dias e ainda tem muitas semanas pela frente. A boa notícia é que não tem de ser tão desesperante. Ana Rute Cavaco está numa situação parecida. Tem quatro filhos em idade escolar em casa, mas os pequenos Cavacos estão nessa situação o ano todo, em regime de “homeschooling”, por escolha de Rute e do seu marido Tiago, pastor baptista e músico. Também por opção, Ana Rute não trabalha, embora colabore activamente com o ministério religioso do marido, e reconhece que isso constitui uma diferença importante para as famílias em que ambos os pais estão a tentar controlar os filhos e trabalhar ao mesmo tempo. Apesar disso, tem conselhos práticos a dar...